"Existentialism, now it's a new time. A hard time, but a necessary time. A time to see us and them. A time to tell about us and them forever... To know of we're just 'Rags of silver'!" (¨ J-JP ¨)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ventura

Uma rima, um chafariz
uma tela sem verniz.
Sou apenas um aprendiz
que só quer te ver feliz


_Franz Nicolau_

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Aquário

Do aquário

da minha mente

fugiu um peixe

era um feixe

de pensamento

sutil, desesperado

tão inesperado

desatinado

peixinho herege

que me protege

da vida

criou asas

e foi voar

pelo mundo

num segundo

sem rumo

sem volta


= Hermann Blaÿr =

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Corpo do horto

Olho adiante o azul sem fim
invisível é o que me impede
de chegar ao solitário jardim
perfumadas raízes de Jupiede

Atrás do muro eu murmuro
quero fugir pra bem longe
naquele tão sonhado futuro
nem soldado, nem monge

Ser o Eu tardio que nunca houve
Getsêmani do hades profundo
a canção singela, será que ouves?
talvez não a perceba em teu mundo

Quis tudo isso, num futuro que passou
tentarei no ontem me esconder, e crer
que agora eu, estarei lá tal qual ficou
mas um dia chegarei, antes do alvorecer


= Hermann Blaÿr =

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

La pluie

Chovi todas as lágrimas, as trevas
chovi a densidade nua das cores
chovi nos campos, mares e relvas
chovi chorando as muitas dores

Chovi de dia, chovi à noite
chovi os muros de liberdade
chovi a poesia da meia-noite
chovi o tempo de minha idade

Chovi canções, chovi telas
chovi crianças, chovi donzelas
chovi abundâncias e esperanças
chovi os céus com minhas danças

Chovi, chovi...

e transbordei o balde
da tardia insanidade


= Hermann Blaÿr =

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Quem além?

falei pra mim
sofri comigo
calei pra mim
chorei comigo
mudei pra mim
sorri comigo
fugi pra mim
sonhei comigo

NINGUÉM
além de mim

= Hermann Blaÿr =

Ingênuos versos

Empoladas palavras de dor
são os versos daquele
que um dia sofreu por amor

Frases essencialmente piegas
miúdas e estranhas; amarelas
sem sombras, nem mesmo regras

Ingenuamente simples, inocentes
incolores de nascença, re-nascença!
Pensamento incoerente, imprudente
vem e vai, sem sequer pedir licença


(ZÏNVM STAN)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

kaneh-bosem

procuram a cura
para o mundo

só estão enfermos
os que a procuram

adoeceram os outros
com seus ideais

aquilo que buscam
não quero mais

dessa vil nau fugirei
tão boba histeria, eu já sarei



(ZÏNVM STAN)

Quando vou voar?

Me desculpe, caso não entendas!
mas deixe-me voar, liberto de tudo
quero partir, vagar sem contendas
te amo sempre, mas deixo o mundo

não foi tu quem me feriu, não foi
apenas desisti, da hipocrisia fria
nunca voltarei, nem direi mais oi
ficarás em mim como fotografia

pelo ar irei, junto aos pássaros
não os de papoula, que morreram
noutros tempos como bárbaros

flutuarei em mentes que viveram
beberei tais vidas com meus cântaros
vou ver as chamas que em ti arderam


(ZÏNVM STAN)

Routes Dangereuses

Avec un “rá”
Je vais y aller

peut ne pas revenir
ici

jamais

(ZÏNVM STAN)