Ela está na parede
Pintada
parada
Afixada
asfixiada
Sentida
sem vida
Movendo-se
imóvel...
- Nando Barrett -
"Daquele que um dia foi... das minhas lágrimas, dos meus sonhos" ¨ Jean-James Poet ¨
"Existentialism, now it's a new time. A hard time, but a necessary time. A time to see us and them. A time to tell about us and them forever... To know of we're just 'Rags of silver'!" (¨ J-JP ¨)
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
domingo, 30 de janeiro de 2011
Ato 2: "A Cena"
Seus longos olhos respiraram frio e caloroso
- Será que me ajudarias a nascer, de novo?
ou quem sabe, sussurrar lírios ao pé do ouvido.
Aquele pescoço, ah o ponto fraco...
criaria cobreiros matinais em sua alma;
- Calma! não procriemos a pressa
pois o amor é “forever”...
- Nando Barrett -
sábado, 29 de janeiro de 2011
Desconstrução
A estrada sem rumo descoberta
é coberta por sombras frias entreabertas
onde aqueles ancestrais jamais
dormiriam enlaçados animais
A desconstrução do conhecimento
necessária em algum momento,
é a porta; a qual enleva o tormento
da cigana que engana, [sentimento...]
Quererás ser apenas um rapaz
ou um ser muito maior o satisfaz?
No dia em que o achares, te acharás
Aquele será intenso, voraz, fugaz...
O ajudaria, caso fosse necessário
conquanto o gentil escapulário
fizesse o pobre e solitário, involuntário
correr livre e transparente; corolário
Já és, já sou
Se naquele dia vieres a chorar
saibas que ele a amou –
doeu o triste findar...
- Nando Barrett -
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Ele não pára
O agudo calor de fevereiro
ou o raso frio setembrino?
O tempo, ah o tempo!
Aquele que tínhamos avental
ou outro que pintávamos matinal
Velhas rimas primas
saudosas tardes covardes
Hoje brinco de ser a criança
que ontem ficou na lembrança
Talvez xadrez
escassez, estupidez
timidez, sordidez
Nostálgico tempo...
Rapidez
- Nando Barrett -
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Hu[mana] Mulher
Querida menina
não sabes de nada
não conheces a estrada
Virtuosa mulher
Incompreendida medida
verde e vivida
lutará pra alcançar
enfim vai chegar
cedo ou tarde
o que agora arde
findará devagar
invisível...
- Nando Barrett -
não sabes de nada
não conheces a estrada
Virtuosa mulher
Incompreendida medida
verde e vivida
lutará pra alcançar
enfim vai chegar
cedo ou tarde
o que agora arde
findará devagar
invisível...
- Nando Barrett -
La noviecita
Senhora minha, espirituosa
és bela e tão bondosa
Queres saber de mim
aquele que não tem fim?
Entendes que sou
e sabes quem sou
Conheces de mim
mais mesmo que eu, [assim]
Nos olhos te vejo
além das estrelas
Meu peito te sente
dominas minha mente!
Será... talvez...
pura insensatez!
- Nando Barrett -
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Terei ouvido
No alto da colina ela está me esperando
visualiza-me atrás do escafandro dourado, dela
A borboleta cinza em larva transformou-se
e o tempo das verdes chuvas findou-se
Dimensões rubras de corais rastejantes
assolam-me levemente
sinuosas serpentes gritam,
gemem docemente...
Vislumbro o céu que nunca houve
bebo da fonte que me aprouve
e no lago dos sonhos faminto
refugio-me em mim; e minto...
Com bolsos farrapos
cabelos cosidos
caboclos atados
terei te ouvido?
- Nando Barrett -
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Substantivar
Rio e choro, verbos presentes;
substantivos
molhado(s) e presente
grego!
Respectivamente
- Nando Barrett -
substantivos
molhado(s) e presente
grego!
Respectivamente
- Nando Barrett -
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Prisma
No jardim das flores de tua carne
sou o colibri que bebe seus cristais
O transeunte parado
no dorso de teu leito
Claro, escuro, perfeito...
Meu corpo delira, sufocante
Tua mente me mira,
cada instante
No linho dos lençóis de vidro
me encontro
escondo-me de animais boçais
que me impedem de te ver, jamais
Entretanto chamas-me
Teu cheiro derrete meus umbrais
e tua nau aporta em meu cais.
Será que vais voar comigo
na tarde azul de estranhezas?
Ver do interior suas belezas
matar de vez nossas tristezas...
Tomar(a) ela
que sim!
- Nando Barrett -
sábado, 22 de janeiro de 2011
Rascunho do Amor
Tentaria descrevê-lo, tentaria...
Comporia todos os oceanos
escreveria em todo o céu
choraria tempestades de nuvens, todas
flutuaria na atmosfera, alva e bela
lembrando das curvas dela
Insensatez do coração
quando arde o fogo da paixão
É profundo e complexo
Todavia, no mais simples é encontrado
a asa da ave abrigando o filhote
leve como o lírio, não há como mensurar
versos, letras, palavras
escritas, faladas, cantadas
todos os sons, cores, cheiros
impossível...
Quem foi o criador
desta “substância” fascinante?
Contrário à Roma
me alucina com seu aroma
sufocante...
Impossível ser mortal
Contrário à Roma
me alucina com seu aroma
sufocante...
Impossível ser mortal
fê-lo sensual e fraternal
ao mesmo tempo
Quem dera caíssem as escamas dos meus olhos
e eu pudesse enxergá-lo
verdadeiro e puro, na essência
Nem teorias nem ciência
nem frases nem canções
realidades, imaginações
Somente o mais suave e singular sentimento
tomasse conta de mim por um momento
Ele é arte, ele é vida
é poema, é ferida
é um abraço e um sorriso
é preciso e indeciso
Nos traz paz e causa ardor
Deus o fez, chamou-lhe
AMOR!
- Nando Barrett -
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Obrigado
Situações corriqueiras fazem-me refletir
na vida passageira que estou a digerir
dia a dia, calmamente...
O que é ela, senão um fio de navalha?
Iluminado que nos deslumbra e engana
Penso no passado e na próxima semana
Mas por vezes, muitas vezes
não sinto o presente, esqueço
O presente que Deus me dá diariamente
Os meus...
queridos, família, amigos, colegas,
pessoas, sentimentos, reflexões,
ideias, pensamentos, versos...
Imensuráveis devaneios poéticos
A única coisa que peço a Ele
é continuar a não pedir nada
Apenas agradecer...
Grato sou, por viver!
- Nando Barrett -
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Sentimento (sem ti, minto)
Insônia
Multidões de pensamentos, sentimentos
todos, todos os possíveis
Escrever no papel, não consigo
não consigo mais nada
dormir, chorar, pensar
nada consigo fazer
Tenho vontade de chorar, muito
noite difícil, desesperadora
angústia, aflição, tristeza
Penso em parar com tudo
penso em partir sozinho
pra outro lugar, distante
distante de tudo e de todos
onde eu possa me encontrar
me descobrir, me enxergar
explorar lugares desconhecidos em minha mente
desbravar cavernas, mares, tempestades
ficar forte, ser forte
Não quero sentir mais nada
o sentimento é algo que me destrói
acaba comigo
não quero sentir nada, nem bom nem ruim
nem doce nem amargo
nem dor nem gozo
nem alegria nem tristeza
nem desespero nem esperança
não quero nada concreto nem abstrato
não quero querer nada
não quero precisar de nada nem de ninguém
não quero não querer...
Chega disso
chega de dor e de penar
por favor, alguém me dê o descanso
me dêem o ar pra eu respirar
me dêem o mar pra eu afogar
me dêem uma nova mente, mas principalmente
um novo coração
quero uma pedra igual à de todos
uma pedra egoísta e hedonista
uma pedra que destrua e não construa
uma pedra que fira todos, que machuque
Penso que isso seria bom pra mim
e que o mundo se alegraria enfim
Preciso de silêncio
preciso de trevas
preciso de sorrisos falsos
preciso de lágrimas de crocodilo
preciso de insônia
preciso de solidão
preciso de libertação
preciso de redenção
preciso de caos
preciso de sofrimento
preciso de individualismo
preciso de tristeza
Um dia quem sabe...
um dia desses, de respirar nuvens de algodão doce
Por enquanto, meu céu está cinza e vermelho
quando amadurecer e ficar verde
eu volto...
- Nando Barrett -
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Burguesia pobre burguesia
Chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca chique e oca
- Nando Barrett -
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
JOR
Distante e próximo, tu sempre foste
Longe do meu mundo
dos meus pensamentos
e minha solidão...
Junto de minha vida
suas preocupações,
ao lado do meu coração...
Sempre me amou, ao seu jeito
e eu recíproco, porém,
sempre procurei defeito
O mesmo sangue escorre em nossas veias
e hoje adulto, compreendo aquilo que anseias
Queres ver-me vencedor, realizado
mas me achas louco, complicado
Pai, uma coisa eu te digo:
Apesar desse abismo diferente
meu coração e minha mente
todos os dias estão contigo
com defeitos e virtudes
Serás sempre meu melhor amigo!
- Nando Barrett -
Longe do meu mundo
dos meus pensamentos
e minha solidão...
Junto de minha vida
suas preocupações,
ao lado do meu coração...
Sempre me amou, ao seu jeito
e eu recíproco, porém,
sempre procurei defeito
O mesmo sangue escorre em nossas veias
e hoje adulto, compreendo aquilo que anseias
Queres ver-me vencedor, realizado
mas me achas louco, complicado
Pai, uma coisa eu te digo:
Apesar desse abismo diferente
meu coração e minha mente
todos os dias estão contigo
com defeitos e virtudes
Serás sempre meu melhor amigo!
- Nando Barrett -
Havia partido
Quando percebi
tu já tinhas partido
Olhar profundo, distante
tomou conta de mim naquele instante
Calado, gritava
Parado, chorava
a amargura da saudade que nunca houve...
Houve um tempo que era feliz
suaves noites, doces manhãs
O tempo da pureza inocente
O tempo da incerteza sorridente...
Só resta agora partir
Pois partido está um coração...
- Nando Barrett -
tu já tinhas partido
Olhar profundo, distante
tomou conta de mim naquele instante
Calado, gritava
Parado, chorava
a amargura da saudade que nunca houve...
Houve um tempo que era feliz
suaves noites, doces manhãs
O tempo da pureza inocente
O tempo da incerteza sorridente...
Só resta agora partir
Pois partido está um coração...
- Nando Barrett -
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Certas mutações
Tu sou
Tal qual
Eu és:
O res do ser;
A missa do assim;
A rama do amar.
Mutações invariáveis
somos todos vós.
- Nando Barrett -
Tal qual
Eu és:
O res do ser;
A missa do assim;
A rama do amar.
Mutações invariáveis
somos todos vós.
- Nando Barrett -
(*) Poema Vencedor do Flipoços 2011 (Poços de Caldas/MG)
domingo, 9 de janeiro de 2011
Pessoas da alma
Viajei.
Pouco,
porém lindos dias
me acompanharam
Conheci almas novas
aprendi com elas
Jeitos diversos
pensamentos dispersos
sentimentos em versos
Pessoas que levo comigo
em meu coração
e minha mente
Oxalá possa estar sempre
perto dessa gente...
- Nando Barrett -
sábado, 8 de janeiro de 2011
Vida real
Lembranças do mar empoeirado
da areia salgada, cheia de estrelas
e do verde céu com suas folhas brancas
A paz da natureza
trouxe-me a certeza
que a felicidade da vida
está na busca incontida
da esperança perdida
sendo devolvida
E que as coisas intocáveis
como um lindo amanhecer
assistindo ao sol nascer
me dão gozo e prazer!
- Nando Barrett -
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Viajante
Ele caminha no mar, caminha no ar
não sabe compor, não sabe falar
percebe a beleza da melancolia
viaja na calorosa noite fria.
Tudo que fazem, tudo que falam
tudo que dizem, tudo que calam
não compreende
não entende...
Nasceu pra mudar
mas não se muda
nasceu pra gritar
mas é mudo
nasceu pra voar
mas reluta em cortar
as raízes dos pés...
Ao invés
apassiva, não luta
sofre com o sofrimento
e sente pesar o pesar
seu e alheio,
Sente-se alheio
no mundo presente
Absorto, enlevado, extasiado
sonhador desesperado
no mundo desolado
feliz e apaixonado
Viajante noturno...
- Nando Barrett -
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Gerundiando
Ando,
Nascendo
Vivendo
Morrendo
Criando
Descriando
Recriando
Imaginando
Viajando
Divagando
Caindo
Lutando
Relutando
Levantando
Cantando
Encantando
Apaixonando
Luanando
Escrevendo
Amando
Sendo:
Fernando!
- Nando Barrett -
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Este é você!
Surdo
Tudo
Vazio
Ecoa
Oco
Pouco
Farto
Olha
Hoje
Nada
Faz
Arde
Ama
Finge
Sofre
Ri
Sobre
vive
- Nando Barrett -
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Soneto contrário
Adverso ao mundo
Controverso em tudo
Crio versos profundos
Vilipendio o efêmero moribundo
Na luta pelo justo
Muitas vezes me assusto
Faço rimas loucas
Com palavras poucas
Certo, errado
Sincero sempre
Seguindo em frente
Calo e grito
Vivo e morro
Presto e peço socorro!
- Nando Barrett -
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
A Única!
Minha musa?
Mulher de beleza difusa
Personalidade confusa
Com seus olhos me usa
abusa
Entretanto é ela
Menina doce e singela
Que eu quero,
espero
O tempo preciso!
Do tempo preciso
Pra aliviar a dor
A dor que me mata
Me mata de amor!
Canto de sereia...
- Nando Barrett -
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