"Existentialism, now it's a new time. A hard time, but a necessary time. A time to see us and them. A time to tell about us and them forever... To know of we're just 'Rags of silver'!" (¨ J-JP ¨)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Movimento dela

Ela ouve tantas cores
Degusta o som de odores
Que quando sente flores
Respira seus amores...


- Nando Barrett -
 
 
(*) Poema publicado na Antologia “Palavras sem Fronteiras” (Brasil-Argentina, Abril/2011)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mansidão

Noite suave, tranqüila
O barulho se foi
Quarto calmo, parado
Veneziana fechada
Toalha molhada
Eu acordado
Meu amor ao meu lado


- Nando Barrett -

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Minha inquietude

Sentido contido
Sinto mais de cinco
Inteiros fragmentos
Intensos pensamentos
Essência do ser
Me revelam, me revelo
É apenas o que quero:
Ser na essência!


- Nando Barrett -

domingo, 12 de dezembro de 2010

sábado, 11 de dezembro de 2010

Arte

Con ella

Abasteço-
me
genuinamente
Reconheço-
me
gradativamente
Ouço-
me
saborosamente
Desperto-
me
suavemente
Vejo-
me
claramente
Sinto-
me
plenamente

            Amo - te   incondicionalmente


- Nando Barrett -

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Aurora


Olho pela janela
manhã amarela
penso:
- Que será que ela tem?
Virou cinza
chuva vem.


- Nando Barrett -

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nocturne

Quando o sono foge
águas inspiradas chovem
tempestades e rios
enchem minha mente
Nada a fazer
sinto
pressinto
Escrevo pra mim
na noite sem fim...

- Nando Barrett -

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Perdão, amigo

Perdão amigo,
nunca quis ser teu inimigo
mas fui vencido em meu abrigo
e te magoei
contigo não me importei
te feri.
Pensei somente em mim
e deixei as coisas assim
erradas, marcadas...

Hoje arrependido
sofro por meu pecado
que me deixou manchado
Andei errante
traí ao meu irmão
agindo como um cão
instinto dominou-me,
Todavia,
o bicho que traiu, feriu
extinto agora está
Só posso pedir isso:
Perdão, amigo!


- Nando Barrett -

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sete linhas

A primeira linha do poema é essa
e a segunda vazia à beça
depois vem a terceira, perfeita
que a quarta com a rima enfeita
na quinta está quase acabado
deixando a sexta a mais feliz
porque a próxima é o sábado!


- Nando Barrett -

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SETRA ÀH

Há artes incompreendidas
outrora despercebidas:
a conhecida arte de amar
e a desejada arte de ser amado
Que fazem a alma cantar
deixando o ser encantado
Belos sentimentos
altruístas egoístas
libertários como aves
quando voam sem destino
brincadeira de menino
que faz arte por prazer
a mais pura do viver!


- Nando Barrett -

domingo, 5 de dezembro de 2010

Auto Retrato

O Nando, da Luh
O Bebê, da Nilza
O Filho, do Otavio
O Mano, da Karen
O Cunha, do Wil
O Fuser, da Adm
O Irmão, dos amigos
O Parceiro, dos colegas
O Rebelde, com causa
O Gênio, dos sonhos
O Poeta, da alma
O Louco, dos dias

Camaleão, da vida!


- Nando Barrett -

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ousadia Perfeita


Sem métrica, sem rima
queria cuidar apenas
de colocar o intangível em palavras
Intraduzível...
Somente o mais sublime ser
conseguiria
Simples mortal não ousaria
todavia sonhar, navegar
Apenas voar
não custa delirar...


- Nando Barrett -

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Divisão

Mente vazia
minha mente, mente
engana-me sutilmente
Faz-me acreditar
na beleza sem par
na ilusão do mundo
iludido, perdido
Sinto-me perdido
pelas copas frondosas
frias e enganosas
da realidade viva
Há quem viva da realidade
obscura, falsa
Eu porém
bebo da fonte escondida
Poucos ousam
bebê-la por medo
da não aceitação
da enorme multidão
que vem lhes afogar, calar
matar, morrer, abandonar...


- Nando Barrett -

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O início do fim

Como iniciar um poema
se o poema expressa a vida
por vezes ferida, bandida,
Outras feliz ou meretriz
Que nasce sem vontade própria
e se desenrola indefinida, confusa?

Como terminar este poema
que retrata todos nós
o homem saltimbanco, idiota
a mulher sedutora, gaivota
A criança ingênua a brincar
e a tristeza que chega sem avisar?
O fim chega de repente
acabam os sonhos, adormece a mente
vai-se o sopro e enfim
O poema chega ao seu fim...


- Nando Barrett -

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Discurso

Hei você!
Que é alvamente sujo
da alma
Cabeça colorida a preto e branco
vivendo errante,
vivalma!
Acha que sabe, de tudo
mas morre calado e mudo
Engana-se com algo que pensa
se é que pensa em algo
Crendo ser um cavaleiro
fidalgo.
Oprimem-te e aceitas
e o que todos fazem, não rejeitas
Pois não precisas ter opinião
se já tens o teu pão
asmo, amargo...
Nunca lutarás comigo
e apoiarás o inimigo
que te machuca, te mata
Pois me achas louco, sonhador
e eu te vejo como um fraco,
sofredor...


- Nando Barrett -