"Existentialism, now it's a new time. A hard time, but a necessary time. A time to see us and them. A time to tell about us and them forever... To know of we're just 'Rags of silver'!" (¨ J-JP ¨)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ode ao profundo

Foi assim naquela calma manhãzinha
Ouvindo um cheiro púrpura, gritou:
- De volta quero, os lírios sorrateiros!
Foi assim naquela calma manhãzinha
Revolto em si, vislumbrava o algodão
Sem saber se prosseguia nalguma direção
Foi assim naquela calma manhãzinha
Ouvindo um cheiro púrpura, gritou!

Já na tarde, enraizado e seguro, fugiu
entre montanhas derretidas sobre nuvens
Que fazer agora, voltar ao lar perdido?
Já na tarde, enraizado e seguro, fugiu
com o vento sobrevoando a face, calou
desde o infinito até o céu, tudo suportou
Já na tarde, enraizado e seguro, fugiu
entre montanhas derretidas sobre nuvens

Enfim chegou ela, a noite clara e gélida
onde o repouso desejado e terno, aludia
Quando aquela donzela, a ele desejava
Enfim chegou ela, a noite clara e gélida
Soturno e sozinho, deixou a amargura
Voou ao seu dorso; Oh! quanta ternura
Enfim chegou ela, a noite clara e gélida
onde o repouso desejado e terno, aludia


¨ Jean-James Poet ¨ 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Falta

Divagações,
São estas as peguntas sem respostas
que te fazem a elas dar as costas
por medo de sofrer, duramente
Sem ela te ver morrer, inconsequente
Quiçá, teu futuro ser o outrora
esquecido sem demora, e agora?
Não sabes o que fazer, espera
tua dor ficou crônica, atônita
Jamais imaginava acabar a era
sem sentimentos tu gritas
por dentro, sem externar
O vazio que sentes,
a falta dormente
ilude, confunde
mais e mais, intensamente.

¨ Jean-James Poet ¨

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Canção do coração

Nas horas de angústia e solidão
ela veio sorrindo em minha direção
Criou vida em meus versos dispersos
ouvi uma voz celestial, do coração
Todos os males viraram adversos
Dei-lhe a letra, ela deu-me uma canção!



¨ Jean-James Poet ¨



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Guardadas pra sempre


Eram apenas utopias e lembranças
Daquele que um dia foi...
Voltaram à mente, elas;
das minhas lágrimas, dos meus sonhos
infantis e puros, risonhos...

¨ Jean-James Poet ¨

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Além do que se vê


Fazia um frio cortante aquele dia
no entanto, um lindo sol também havia
Beirando o rio passeamos
de forma bela e calma
Tive o privilégio de ver seus olhos
e enxergar a sua alma.

¨ Jean-James Poet ¨

sábado, 20 de agosto de 2011

Farrapos de prata

As papoulas floresceram
e os pássaros migraram
para outro caminho
Ele agora versa tudo, sozinho

Amou e desamou – mentira!
Falou e provocou, a ira
Foi intenso e foi tudo
se entregou... acabou mudo

Este ser não existe mais
somente poucas letras que restaram
Diferente de seu corpo que hoje jaz
sonhos íntimos no papel ficaram

Só te peço, não me julgues
por estar lá, onde não queres
nem tampouco por minha vida, incorreta
Pois bem sabes não sou homem, sou poeta!

¨ Jean-James Poet ¨

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A via viva

Senão, um caminho contínuo,
entre idas e vindas
de dores, amores

Senão, desencontrados encontros,
densas escuridões
com seus brilhos, clarões

Senão, o passado saudoso,
o presente tedioso,
ou futuro vaidoso

Senão, um dia de sol,
duas horas de chuva,
um inverno com luva

Senão, seria ou serei
se sonhei, jamais direi
pensando ser rei

Senão, a conta devida
a ferida temida, esperança perdida
senão isso, o que é a vida?

¨ Jean-James Poet ¨

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sem sentido


Embora ele não enxergasse
viu que era possível sonhar

Embora ela não falasse
em seus atos foi exemplar

Embora ele não ouvisse
aprendeu com o silenciar

Embora ela não cheirasse
ficou agradecida por respirar

Embora ele não a tocasse
mesmo assim conseguiu amar


¨ Jean-James Poet ¨

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Tal qual diamante

Por dentro, corre um vinho intenso
Suas veias de prata não se corroem
E o líquido que embriaga o grande diamante
Mostra-se sábio, temperado como antes.

Entretanto,  atitudes de mente demente
São contínuas, sucessivas!
Sabe-se que noutro lugar, noutros tempos
A calmaria pairava em vez de tormentos
Perdido no presente, presenteia-se
Longinquamente divaga,
E habita em lugares jamais sonhados
Florestas de ilusões nunca vistas
Liberdade oriunda de desconquistas
Dolorosas tardes angustiantes
As quais já previa muito antes,
Fatalmente!
Também pudera, desejou a idade
Passada e futura de pura reciprocidade.
Flutuou enfim sobre o leito
Sem saber que aquilo era seu peito.

¨ Jean-James Poet ¨

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Voltarei

Tempo era, desejado o futuro
Ser espaço no firmamento
Teu amargo fruto, imaturo
Meu febril pensamento

Ó doce tormento aludido
Fez-me tal mero bandido
Ladrão dos sentidos caídos
Antes suaves, hoje ídos

Querer-me-ia como criança
Embora agora, mera lembrança
Utopia desfazida, descabida

Pois homem que sou lutarei
coração puro, alma rendida
Em paz enfim, retornarei
 

¨ Jean-James Poet ¨

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Nando Barrett is died

Nando Barrett
16/07/2010
† 01/08/2011

Perdi-me um dia

Meus dias andam sombrios e cheios de dor
Meu jardim virou deserto
E minha felicidade transformou-se
em uma utopia sem nenhuma esperança
Os céus já não são mais azuis
e tudo que me rodeia são cinzas
Parte de mim quer viver
mas outra parte deseja o descanso
Meu nome é tristeza
de sobrenome arrependimento
as infinitas horas de angústia
e desespero, custam passar
O repouso do sono me atormenta
Sofro de todos os males
mas o mais aterrador deles
o mais profundo e devastador
é a tua falta...

- Nando Barrett -

Luanando

À noite,
mirando o céu, admirava
um negro profundo,
as estrelas a brilhar
eram lindas, cada uma deslumbrava
mas a mais bela luz
advinha do luar

Dormiu,
e sonhando avistou
ela vindo em sua direção,
toda nua aquela lua
Qualquer palavra era mui pequena
pra expressar seu sentimento
naquele momento

Acordou!
Queria ao sonho voltar... não pôde
Desperto avistou sua realidade:
pra sempre, intensamente
lembrando, sorrindo, chorando,
eternamente luanando,
Eternamente luamando...


- Nando Barrett -

Olhos negros

Ela me levou, depois voou para sempre
Foram doces os momentos, intensos sentimentos
Mas partiram! Uma hora, sem demora, partiram
Enquanto assistia a triste ida, caíam lágrimas
As mais amargas e sinceras águas escorriam
Afinal, nunca houve ódio nem rancor
Somente um simples e puro amor
Incompreendido, desmedido, por vezes sofrido
E os buracos negros no céu retornaram
Eles são meus olhos que sempre te amaram!



- Nando Barrett -

Deixei a vida

Para um simples pedaço de papel
transferi meus sonhos
Os desejos e sentimentos mais secretos
saíram de dentro de mim
e repousaram sobre linhas imprecisas,
indecisas, errôneas...
Bons e ruins, todos eles ficaram lá
descritos, escritos...

E eu, vazio como sempre,
retornei ao meu eu profundo
Sem sentir nada,
sem mim, sem ti, sem vida...



- Nando Barrett -

De todas as maneiras

De todas as maneiras, todas...
Eram lindos os dias de bonança
os quais hoje, são mera lembrança
A magia me envolvia
tenra paz, doce alegria
nostalgia

De todas as maneiras, todas...
Não consegui, tentei, cansei
Oh céus inexplicáveis! Por quê?
Tão perto estive, distante...
Agressivo descaso sobre mim
deixei de ser assim, enfim

De todas as maneiras, todas...
Viverei no inconsciente
Sofrerei mais, intensamente
Dormirei sem ti, soturno
Coração que volta à origem
Errante, pobre e triste... noturno.



- Nando Barrett -

Noutro lugar

A harmonia sorria naturalmente
Não haviam distâncias nem sofrimentos
Algo sonhado diversos momentos
Para ser tardio deveras, infinito

Mas percebeu-se que ele não tinha coração
A carne, ah! Não podia expressar isso
Aquilo não era, nunca foi concreto
Descobriu que era apenas um efêmero
piscar de sonhos...



- Nando Barrett -