"Daquele que um dia foi... das minhas lágrimas, dos meus sonhos" ¨ Jean-James Poet ¨
"Existentialism, now it's a new time. A hard time, but a necessary time. A time to see us and them. A time to tell about us and them forever... To know of we're just 'Rags of silver'!" (¨ J-JP ¨)
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Escrevo pra além
Pro hoje não
escrevo
não estou sendo
lido
Quando tiver-me
ido
ler-me-ão
reescrito
Naquele tempo
Naquele lugar
Escrevo pro além
mar
Escrevo pra além
de mim
sábado, 27 de setembro de 2014
Legatários
Perturbados
nós e nossos eus
abaixo dos céus
numa rapidez
ríspida
percebemos
transvalores
perspicazes
indecências
vislumbramos
nossos sonhos
sendo em nós
sonhos nossos
Desafinados
entoamos canções
vis consolações
Fragmentos
ficamos assim
mentes paradas
derradeiro tempo
de luzes e
cruzes
mansamente
voamos
lembra de quando
éramos flores?
ela saberia
não fosse o
espelho
abata sua fuga
só assim retornaremos
ao sentido vivo
de nossos
abstratos
perenes
Vassalo de mim
o belo
substantivado
contempla o
tempo
embriaga-se com
o chá
de canções controversas,
introversas
refletem
revertem
na mente, teias
racionais
de emoções e
sentimentos
elos de
pensamentos
irracionais
um xamã que
chama
adentro de mim
arte fria e cega
imanente
domingo, 14 de setembro de 2014
Eu ensaio
meu espelho que paira
mostrou-me a vida
sobejou-me de mim
eis-me assim
sou dos dias displicentes
das noites soberbas
minha mente barulhenta
compõe silêncios
minha vida é uma máquina
de escrever-me
- Nando Barrett -
domingo, 29 de junho de 2014
Dura tristura
mar de lágrimas
sápidas
correm, e vão
em vão
lembranças rápidas
passarão
hoje e agora
triste demora
ela, foi embora
não mais canção
sons mudos
para sempre
minha voz
calarão
amargura
disseram
amar cura
a mim
em mim
dura
uma dor
que seca
como flor
moribunda
fecunda
vazia perece
e parece
o coração
já não bate
em meu peito
eu no leito
me banho
apanho
sofro
da insana
sombria ilusão
desnuda
uma dor
tão profunda
que dura
a eternidade
de um segundo
fundo
tão profundo
que vive
a sentir
e deixa
de existirterça-feira, 29 de abril de 2014
Em tese, Sócrates
Busto ou rosto?
Ninguém viu, nem lembra
Ainda assim afirmam
saber tudo; do caos
Maior ou menor?
Ser inteiro no ser
Ao centro do nada
Ser essência, ou nada
O primeiro?
Não sei, talvez
A estultícia e a estupidez
Do eu, ou meu
[Para lembrar]
‘Em tese...
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Reencontro
Na vida, às vezes
Não escolhemos a ti, nem a mim
Na vida, às vezes
Nos odeiam, nos esquecem
Na vida, às vezes
Amávamos sem ter fim
Na vida, às vezes
Seres, outras almas aparecem
Na vida, às vezes
Momentos de dor viram redenção
Na vida, às vezes
Teu olho, teu brilho; em meu coração
Às vezes é vida vivida
Outras, singela canção.
sábado, 5 de abril de 2014
Piscou o tempo
Passaram-se trinta segundos...
Entre um pensamento e outro
Entre uma semente e um tronco
Entre o inconsciente e o morto
Entre o despertar e o sono
Entre o soluçar e um riso
Uma outra vida, sem aviso
Piscou o tempo e percebeu
Foi-se a aurora, anoiteceu...
Passaram-se trinta anos
domingo, 19 de janeiro de 2014
Refece
Rabiscos de vida
Escritos de ida
Despedida
Não expressam
Não sentem
Escrevo para que?
Sem ouvirem, sem sentirem
Lêem. Tal qual vêem
Sem enxergar
Tampouco imaginar
Então...
Escrevo para quem?
Se a dor é indizível
Única, irreversível
E nada, ninguém...
Um fim
Sem mim
Escrevo por que?
- Nando Barrett -
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