"Existentialism, now it's a new time. A hard time, but a necessary time. A time to see us and them. A time to tell about us and them forever... To know of we're just 'Rags of silver'!" (¨ J-JP ¨)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cabelos ou rosas?

Cabelos ou rosas?
ao vento sem nenhum tormento
confusos, inclusos, reclusos.
Fios de diamantes, obstantes
claros, raros, ralos...
Flor de prosa silenciosa
menina formosa, preciosa
Cânticos tântricos
invadem meu coração romântico
Descanso em sua aura suave
flutuando como uma clave
de sol;
Ao sol da vida!


(ZÏNVUM STAN)

Canção vazia

Há outros anseios humanos
Há outros sonhos, outros planos
Há homens, mulheres e crianças
Há passados, futuros e lembranças
Há noites, tardes e manhãs
Há mães, filhas e irmãs
Há tudo e há nada
Há muita insônia na madrugada

Só não há, um eu em mim.



_Franz Nicolau_ / (ZÏNVM STAN)

Invisible

have a new thing
but

don't have
a new feel

I think know
because

Just I don't
know

why?
don't understand


(ZÏNVM STAN)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Colourstop

de pensamento leve, passeava pelo deserto
desnuda com seus lírios, respirava um brilho
aconchegada sob geleiras, achava-se perto
pairava ali calmamente, sem haver empecilho

houve pois, algo que chamou-lhe a atenção
ouviu dois – talvez mais – sons de sedução
linda arpa, meditava entre nuvens caladas
eram doces ninfas celestiais, mui amadas

fada madrinha ou gentil qual rainha? nada;
era ela quimera adentrando à capela, revoada
será que vivia em doce utopia? suave brisa
fresca e descabida. talvez musa, talvez poetiza

[...]há outra


(ZÏNVM STAN)

Inversos

união de palavras desinteressantes
separação de palavras vagas, vazias
meu poemar muda a cada instante
faço algo só meu, a minha poesia

procuro nos lençóis, nós dois a sós
esqueço essa vã realidade, do mundo
acabo me perdendo na vida, após
divagar sobre tudo num mero segundo

tal qual hino cintilante pelo ar
vou correndo pelas ondas desse mar
e se digo o que quero, o que sinto
sou alguém que da Verdade sou faminto

quiçá rimando, pra lá e pra cá
sem saber se vais gostar, ó meu amor
tento algo novo aqui, ou acolá
pra dar vida aos simples versos
que eu vier compor


_Franz Nicolau_

Sabia?

amar
amargura
bar
baralho
casa
casamento
dia
diabete
eu
eutanásia
fel
felicidade


foi (é) assim
que ela
des(cria)
re(cria)
cria
que sabia
de tudo


_Franz Nicolau_

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Piedosas saudades

Recordações...

dos lugares distantes, desconhecidos
das pessoas diferentes, não existentes
dos tempos longínquos, não vividos
das refeições sem textura, sem mistura
dos odores cálidos, pálidos, inválidos
das cores não feitas nem satisfeitas
dos pensamentos vagos ao firmamento
das canções céticas, hipnóticas

piedosas saudades...


_Franz Nicolau_

Utopia de um menino

Meu antigo sonho risonho
Minha infância, oh que distância
Meus discos e meus rabiscos
Minha viagem sem ter bagagem
Meu amor com uma flor
Minha viola numa sacola
Meu viver sem nada ter

(quem sabe um dia
tal profecia...)


_Franz Nicolau_

(des)Espero há tempos

as palavras mais insolentes
metamorfoseadas
em dor, em cor, em amor,
em fulgor eternal

tristes tardes de consolo,
dias destros sem par
como expressar o desespero
assolador em versos?

findam-se rimas, criam-se dores
deseperos neutros, inodoros...
fuga para o anseio, meu e alheio
uma overdose de mundo, matou-me

enquanto os outros, viciados
continuam vivos – ou mortos –
penosos dias lhes perseguem
gozam naquilo que lhes sufoca

morri e acordei, noutros dias
descobri sobretudo, um mundo
longe do deles, ao lado daqueles...
cedo demais o achei, vilipendiado

é triste, obscuro e sombrio; vil...
fui então lá tentar flutuar, fui tardio
agora é hora de descansar, sem ar
para enfim minha paz encontrar


_Franz Nicolau_

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pálida expressão

Agonizante e aterradora mansidão
jamais experimentou-a de fato
Apenas a via como um clarão
o qual deixáva-lhe sem tato

Origem? Eis a pergunta maior
sem resposta em suas divagações
Punia-se disso, com certo rigor
ao sabor lã, de suaves canções

Sentia-se dentro, mas fugia
saltava tal qual bicho feroz;
Adentro algo incolor lhe ardia
desnudo sob seu vil atroz

Deixou ir e recriou seu infinito
pálido sem nenhuma expressão
nada disso seria mais restrito
trocou por luz, a própria escuridão


_Franz Nicolau_

A sexta da vida

No último dia da semana pensei
no último dia da minha vida
nesse momento, que farei?
Relembrarei eu, toda minha lida?

Idas e vindas, vazios e cores
intensa em tudo, completa
coisas lindas, alguns amores
olhos abertos, cabeça desperta

Fim dos sonhos infames, ou não
talvez outro mundo, outra estação
desisto; desta luta, árdua labuta
acaba enfim, minha infinda conduta

Hades, limbo ou paraíso?
fiquei sem saber onde vou
talvez pro Chile, pra Valparaíso
ou quem sabe, ficarei onde estou


_Franz Nicolau_

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Trans torno


, algo avesso ao tradicionaL“
.criei todos os estiloS
de encontro aos padrõeS(
?cegos, traiçoeiroS
;fui incompreendidO
)em minha artE
talvez em mARTE
!o mundo mudE

etnemacüol


_Franz Nicolau_

Sábia inquietude

escrevo três palavras
faço um poema
três em três

sem rimar nada
só digo aquilo
que todos sabem:

palavra é prata
silêncio é ouro!
quietude, sábia inquietude.



_Franz Nicolau_

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Densas nuvens de redenção

nem lembro bem se era noite ou dia
talvez um laço no espaço da poesia
mesmo assim minh'alma estava calma
corria leve, ao vento com sua talma

insípido verniz, sem boca e sem nariz
como fina raiz, um aprendiz infeliz
escrita muda, misteriosa e tardia
quando deu por si, sua vida se esvaia

(longos silêncios, dispersos a vagar
suspiram tal qual outonos pelo ar
seus longos caracóis, presos à cabeça
encantam-me além do que eu mereça)

mas ao chegar perto do oculto, escondido
parou curiosamente à busca do esquecido
lembrou-se da demora do agora, outrora
iluminou então sua terna face, na aurora

(coube-lhe perder um dia, na vida
a fim de sarar a ferida, sofrida...)


_Franz Nicolau_

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Desde o dia cinza

um copo apenas rimado
cheio ou vazio, amaldiçoado
em cima, o chão dos dias
abaixo, céus e profecias

dentro do copo havia um corpo
carnívoro, carnal, sem carnaval
lutava internamente, anticorpo
límpido, branco, atemporal

o copo enchia as águas de dores
lembrando o fogo, alguns amores
riscos e rabiscos, cálidos anciões
donzelas nuas tal qual meras ilusões

sorrisos leves? Souberam todos
irrompendo-se em luas delirantes
fez-se cada instante, sufocante
ensinando-lhes novos modos

nasceu assim, um eu em mim...


_Franz Nicolau_

Dolor

Fui lá ver o vento ventar; não vi
voltei pra cá e ouvi a canção; sem ti
lágrimas de sonhos,
sonhos preto e branco
continuei amando

Fui lá, degustar um dia belo, sem fim
voltei pra cá, sombrio; vazio em mim
risos tardios, incolores
Agora, onde estarás tu
que acalma minhas dores?


_Franz Nicolau_

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cega verdade

o rolo rola
o rodo roda
a cabeça cabe
dentro
do mundo

mundano
insano
profano

ótima óptica
da vida
visão ferida
traída
por muitos

hipócritas
incógnitas
parasitas
da mente

mentirosas verdades(...)


_Franz Nicolau_

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

No varal da vida

Prendê-la?
não vejo motivo.
a dor do desamor
a dor tão incolor
a dor do sonhador
minha dor interior

Libertei-a
com um grito
não quero mais
prendedor jamais.


_Franz Nicolau_

Criatura

Cria
em
ti
uma
vida
própria
de
pensador!



_Franz Nicolau_

‎"humilis"

todo desenho: DESENHADO

toda palavra: APALAVRADA

todo plano: PLANEJADO

toda medida: DESMEDIDA

todo homem: HOMENAGEADO

toda vida: CONVIVIDA


todo amor: AMORDAÇADO



_Franz Nicolau_

‎__________

desenhos métricos, rimados
losangos que vêem
faces sem fim, retas
paladar retangular
triângulo olfativo
cabelos de trapézio
orelhas de vidro

sublimados(as)


_Franz Nicolau_

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Poemar é diferente

Poemar é mais que amar

é coser flores de rubis
catar sonhos afogados
piscar céus transbordantes
em dias de tristeza

é melancolia na alegria
uma nau variando ao fogo
travesseiros de algodão
de nuvens perspicazes

poemar é não ter rima
nas palavras acima


_Franz Nicolau_

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

brando adeus

          .
     .
.
um dia na vida é pouco
uma vida num dia é muito
tempos, temperos, temperamentos
rápidos, raros, ríspidos
nossas vidas sofridas
nossos dias escuros
nossas noites caídas
levá-los onde? sem rumo
deixá-los sempre, no prumo

se ficares para sempre, amarei
do contrário, febril, morrerei
.
     .
          .

¨ Jean-James Poet ¨

Ela escrita

Reencontrei-a, mesmo sem lembrar
fazia tempo, dez anos sem sonhar
Dizia muitas coisas esquecidas
meus amores, minhas vidas...

Tinha vinte, acreditava no mundo
um menino, alegre e moribundo
Recordei aqueles saudosos dias
quando te falava, e tu sorrias

Minha menina, quanta futilidade
passou assim por longos anos
desde minha mais tenra idade

Agora quero que digamos e façamos
isso e aquilo, mas sem maldade
Tal qual doces dias, quando amamos


¨ Jean-James Poet ¨

Assepsia

Loucura
pouca
rouca
louca
cedo
tarde
dentro
dela
eu
fora

de mim



_Franz Nicolau_

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Revolta

vai
volta
envolta
solta
vira
revira
reviravolta

minha
necessária
revolta
(…)

amanhã
re-volta


_Franz Nicolau_