"Existentialism, now it's a new time. A hard time, but a necessary time. A time to see us and them. A time to tell about us and them forever... To know of we're just 'Rags of silver'!" (¨ J-JP ¨)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Um que passou

Ele era daqueles que nunca houve
Avesso!
Tentou mostrar sem mostrar-se
tentou falar sem gabar-se
em vão...

Sentia tudo na totalidade
esvaziou-se do eu
mesmo assim não compreendeu
a vida

Um dia viveu, apesar de morto
e quando seu corpo
sofreu
Ficou feliz pela paz
que jazia

Apenas mais um
que passou e nada deixou
Com pés firmes em terra
voou...

- Nando Barrett -

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sublime outrora

Lá eram sutis as meninas, os desejos, os rubis
Navegava por ares, lugares em que tive sonhos
Imitavam as épocas azuis, longe de coisas vis
Sensações divagantes qual meninos risonhos

Tive um dia aquela aquarela, tive um dia
Saciavam-me fome e sede; e a mim mentia
Cria que sabia; como queria, como queria
Oh! Triste alento e solidão, quem diria...

Se pudesse voltaria, como quem vai embora
Agora lá fora, percebo outros mundos meus
Onde as densas noites reluzem como aurora

O tempo, lugar e coisas dar-me-ão adeus
Futuro, presente e passado não têm hora
E estes versos, sublimes e suaves são teus


- Nando Barrett -

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Meu guri

Menino fino, menino primo
Um ano veio, um ano e meio
Agora vai ao que lhe atrai
Deixa pra trás, mundo voraz
Vai para os seus, fica com Deus!
Me ensinou quando passou
Muitos assuntos sorrimos juntos
Saudade fica, saudade rica
Do pequenino, doce menino...



- Nando Barrett -

terça-feira, 14 de junho de 2011

Hoje chorei o jardim

Hoje chorei o jardim
Revesti-me tal doces vulcões
Travesti-me como querubim
Implorando o fim das estações

Quisessem todos sofrer por mim
Correr nuvens; tecidas esmeraldas
Adiaria toda morbidez de carmim
Como ninfas, deusas nuas, mafaldas...

Quando olhei para o sol
e a lua fugiu-me às vistas
meu pensamento fez-se qual caracol

Desde cedo encontrei tuas pistas
sentimentos brandos sob o lençol
como naquele dia, de suaves conquistas...


- Nando Barrett -

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Plágio meu

Deixaria
Aquela densa calmaria
que emana prazer, alegria
dá-me paz e euforia
Tentaria

Choraria junto ao equino
como Nietzsche
caso alguém me compreendesse

Sorriria como menino
em tal conjuntura; se
a pureza retornasse
a vida olvidasse
outrora

Agora,
sinto ter deixado o mundo
de seres tão comuns, imundo!
Encanto-me sorrateiramente
onde vivo plenamente
esvazio-me das coisas
fúteis, efêmeras, finitas...

Longe deles estou
distante de todos eu vou
Praquele lugar
perto, ao lado mas...
longe de mim.


- Nando Barrett -

quarta-feira, 8 de junho de 2011

terça-feira, 7 de junho de 2011

Diapasão

Ciência e sapiência
Essência e aparência;
Preferência ou complacência?

Será que ele vai deixar pra lá
tal qual aqui e acolá
Depois voltar ao lado de cá?

Aquele diamante é simplesmente
O dia dos amantes; unicamente
Se o simples mente, o complicado
Por vezes cala, requintado.

Longe de mim, ser assim
Em tempo algum, enfim
Fugirei à beira, do eu
Quiçá um dia, meu apogeu.


- Nando Barrett -