"Existentialism, now it's a new time. A hard time, but a necessary time. A time to see us and them. A time to tell about us and them forever... To know of we're just 'Rags of silver'!" (¨ J-JP ¨)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Na rua (*)

Suas caras, só suas
jovens, belas, nas ruas
Rostos lisos, imberbes
como pássaros implumes

Crianças ou futuro?
confusos, refeces...
Imaturos; em cima do muro.
Mas... sempre um mas.
Ei-los sempre prontos
pintados ou descabelados
amados ou revoltados
Nossa esperança de mudança
vosso sonho, doce lembrança
Construção cognitiva
ou cognição construtiva?
Imensuráveis seres
necessários contradizeres
Fogem do mundo, imundo
fazem deste
um lar mais profundo.

- Nando Barrett -

(*) Poema vencedor do VIII Concurso Literário do Unilasalle Canoas,
o qual tinha como mote “A participação da juventude na sociedade”.


Autoanálise

Não há como descrever-me
com tuas palavras

as minhas palavras
inexistem

jamais foram concebidas


- Nando Barrett -

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Acrópole d'alma

Palavras indizíveis me dominam
neste tempo abstrato em que vivo
Sou a resposta de uma pergunta
que não existe

Há uma terra de repouso
a qual não conheço
há um tempo, que vislumbro
em que os sábios aprendem

E há também uma canção
doce, leve e suave
que atrai a todos os ouvidos
traz paz aos corações
mas só pode ser ouvida
no silêncio da vida
que finda

- Nando Barrett -

Livres ventos

Quando era tudo ao mesmo tempo
tanto sentimento quanto pensamento
Em meus sonhos e anseios
ilógicos, imateriais
perdi-me

Da frágil nau, caí moribundo
Seriam elas a causa?
Escolhas que me perseguem
enquanto eles decidem
não consigo sobreviver
sem viver

Meu eu, intenso e puro
me querem em cima do muro
E eu, o que quero?
Que voem livres, intactos
com pés e asas
só seus, só suas


- Nando Barrett -

Uma fase

Mais uma vez, a eterna inquietude
a tristeza dos rumos fora dos prumos
da vida sem saída,
meus berros, meus erros

A impotência do meu ser
que causa a dor, só minha
A urgência do amor como redenção
para mim, para todos

Talvez a fuga covarde
ou o conflito que arde
Para quê? Para quem?
Ao cabo, ao fim
quiçá uma unidade
buscando em ti, em mim
algo ou alguém de verdade
que tenha por essência
a mais pura humanidade.

- Nando Barrett -